segunda-feira, 24 de agosto de 2009

TEMPERATURA

Os fins de semana são excelentes para encontro de confrades e amigos que comendo e bebendo vão discutindo os vinhos, as cervejas e os petiscos que os amigos colocam na mesa e que progressivamente vão desaparecendo, assim aconteceu no passado sábado antes da discussão da temperatura dos diversos vinhos que estamos habituados a beber.
O comportamento do vinho varia substancialmente conforme a temperatura, influenciando as sensações olfactivas e gustativas. Estas são aplicadas quando o vinho se serve quente e inibidas quando se serve muito frio. Um vinho demasiado refrigerado pode ser aquecido até á temperatura correcta, através do contacto do copo com as mãos ou na cavidade bucal, sendo o inverso mais lento e difícil.
Os vinhos apresentam-se na sua plenitude, revelando o melhor dos seus aromas e sabores, quando servidos a temperaturas específicas, consoante o tipo de vinho, sendo o consenso mais generalizado dos apreciadores as seguintes temperaturas.
  • Espumante 6-8 ºC
  • Brancos jovens e rosés 9-11ºC
  • Brancos encorpados ou fermentados em madeira 11-13ºC
  • Tintos jovens, suaves e ligeiros 15-16ºC
  • Tintos robustos e poderosos 17-19ºC

A temperatura de um vinho deve ser sempre avaliada através do termómetro específico, sendo muitas vezes traída pelas mãos dos "craques" apreciadores de vinho, que procuram acertar sempre na temperatura "acertando muitas vezes", que apresentamos.

A tempertura ambiente para vinhos no periodo de verão é sempre discutível, mas a manga térmica é o suficiente para manter o vinho à temperatura desejada, mas há que ter em conta que um branco demasiado frio pode esconder os aromas e sabor.

Estamos próximo das vindimas, caminhando progressivamente para a água-pé e aí, estou certo que a cerveja será colocada em segundo plano, pois a uva será sempre rainha.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

GUARDA RIOS

"Salte as emoções, o Guarda Rios é o mensageiro"

Na realidade é um verdadeiro mensageiro, pois o Ribatejo também apresenta progressivamente excelentes vinhos, e este com um aroma de natas de chocolate e cacau, com fruta vermelha madura, bem integrada com boa barrica nova. Na boca sentimos um bom ataque, boa estrutura com caninos elegantes e um bom volume sobressaindo as notas de chocolate preto, café e moca. O final de boca é longo e persistente.
O solo das vinhas de Vila Chã de Ourique é argilo-calcários o que permite o encrosamento das castas Syrah (50%), Touriga Nacional (20%), Aragonês (15%) e Merlot (15%).
Syrah, é uma casta característica das encostas do Ródano, onde se produz os afamados vinhos de Cote Rotie. É apontada como uma das mais antigas castas do mundo, com origens na antiga Pérsia. Apesar da floração tardia, tem um amadurecimento óptimo a meio da época. Os aromas florais são de (frutos secos, fumo, musgo, terra e trufas, pimentas, tomilho, sandolo e couro), o que nos tenta.
Touriga Nacional, é a casta tinta portuguesa com mais procura internacional. A sua composição aromática é excelente no aromáticos varietais ultrapassando a maioria das castas brancas. A casta touriga absorve muito potássio o que pode implicar uma subida de pH e a formação de aromas animais menos nobres. Os aromas são (violetas, bergamota, licor de ameixa, uva-passa, frutos silvestres, caruma e esteva) conjunto relevante colocando esta casta na linha de grande procura.
Merlot, casta de origem Francesa sendo plantada na zona de Bordéus e apreciada em muitos locais dado que é muito resistente á chuva. Tem um perfil herbáceo que torna crítica a vindima em condições óptimas de maturação. Fácil de beber pois o seu aroma é muito identificado com a ( cereja, ameixa, pimentos verdes, hortelã-pimenta, azeitona verde e especiarias).
Aragonês, casta vigorosa mas de rendimento irregular. Os bagos são muito irregulares na linha amadurecer pelo que a vindima não deve atrasar-se. Os seus aromas têm como base frutos silvestres (morango e amora) nos vinhos jovens ficando mais complexos (compota, couro e especiarias) à medida que o vinho evolui.
Estou preparado para parar na adega, pois este vinho acompanha muito bem carne, peixe, caça ou posteriormente um bom queijo a uma temperatura de 16º-18º.

sábado, 1 de agosto de 2009

A ESCOLHA DO VINHO

Quando os confrades se unem para celebrar o aniversário de um amigo, o vinho é atacado (algumas vezes com razão) mas nem sempre, e pelo que ouvi vamos ao critério de escolha. A escolha de um vinho para um prato é pessoal e intransmíssivel, no entanto devemos ter atenção a algumas pistas:
Acidez de um vinho atenua o impacto gorduroso de um alimento ou de um prato. Em termos gerais, a acidez natural cresce de sul para norte. Devemos ter a atenção que a altitude, a exposição das vinhas e das castas jogam um papel decisivo na acidez total de um vinho. Mesmo assim caminhe para o norte.
As proteínas de um alimento são compensadas pelos taninos do vinho, em muito maior número no vinho tinto. Para os pratos altamente proteicos, escolha vinhos mais taninosos. Encontran-se em todas as regiões vinhateiras.
Pratos aromaticamente mais fortes pedem um contra-ponto aromático, arredondamento e presença adocicada do vinho: Caminhe para sul.
As relações de oxidação-redução devem estar balanceadas entre o vinho e a comida. Para explicar um assunto, o mais importante é que conhecer a composição química dos alimentos e os seus valores nutricionais, e ter presente o impacto das principais técnicas culinárias, pois uma boa escolha do vinho manda a composição dos alimentos, sobretudo das proteínas e lípidos. Quanto mais gordos e mais aromáticos, mais pedem vinhos ácidos e com bom nariz.
Agora pensem, diversos vinhos de diferentes áreas acompanhado diversos pratos podem ser vitimas de diveros sabores, e quando uma cerveja é bebida entre eles maior é a traição.
Os confrades estão sempre disponíveis para apreciar a limpidez, o brilho e tramparência dos vinhos que possam oferecer ao amigo Mario Parra, e que nós atentos os classificamos. Ora venham mais.......

segunda-feira, 27 de julho de 2009

CÚRIA DIONÍSIACA

Aos dezassete dias do mês de Junho de 2009, pelas dezasseis horas foi registado na Direcção-Geral dos Impostos, secção do Seixal a CONFRARIA TRADICIONAL DO VINHO E DO ARROZ que tem como objectivo, a promoção de consumo do vinho e do arroz português.

"....Os Mestres e os Expertos são os Confrades Efectivos que escolhem entre si a Cúria Dionisíaca que é o orgão dirigente que administra e representa a Confraria Tradicional do Vinho e do Arroz.
A Cúria Diónisíaca é composta pelo Grande Oficial, pelo Vice-Grande Oficial, pelo Almoxarife, pelo Chanceler e pelo Fiel-das-Usanças...."

CAPÍTULO (Assembleia Geral)

ARCONTE (Presidente) - MÁRIO PARRA DA SILVA
PRIMEIRO ESTRATEGO (1º Secretário) - VERA CURIEL
SEGUNDO ESTRATEGO (2º Secretário) - EDUARDO BASTOS

CÚRIA DIONISÍACA (Direcção)

GRANDE OFICIAL (Presidente) - LOPES GALRINHO
VICE GRANDE-OFICIAL (Vice-Presidente) - JORGE MARTINS
CHANCELER (Secretário) - ISABEL RIBEIRO
ALMOXARIFE (Tesoureiro) - JOAQUIM COELHO
FIEL-DAS-USANÇAS (Mestre-de-Cerimónias) - LUIS DUARTE

PROVADORIA (Conselho Fiscal)

GRANDE PROVADOR - (Presidente) - ADÍLIO BEIRÃO
PRIMEIRO-PROVADOR - (1º Vogal) - ISABEL MENDES
SEGUNDO-PROVADOR - (2ºVogal) - CRISTINA DUARTE

CONSELHO CONSULTIVO (Conselho de Degustaçã0)

CONSELHEIRO MOR (Presidente) - FILOMENA SANTOS
1º VICE-CONSELHEIRO - (1º Guia) - BRITO DA CRUZ
2º VICE-CONSELHEIRO - (2º Guia) - FÁTIMA SIMÕES

terça-feira, 21 de julho de 2009

O ALMOÇO COM BOM VINHO

Quando se regressa de férias estamos com necessidade de ter um bom almoço, pois os pratos dos restaurantes nunca ganham aos que estou habituado a comer em casa, e assim aconteceu.
Um excelente bacalhau á Brás, acompanhado de um branco fresquinho com 12º chegou para dizer, acabou a cerveja vamos ao vinho e aí está o meu trabalho.
Topázio vinho de preço acessível oriundo da Região de Moimenta da Beira, produzido a partir das castas Fernão-Pires, Síria e Malvasia-Fina. É um vinho bem balanceado, fresco e frutado, e que acompanha qualquer prato de peixe ou marisco.
Casta Fernão-Pires, é uma casta de cor branca dando origem a um vinho agradável e aromático mas com falta de acidez. Os aromas que nos habitua são frutos doces (laranja) e florais (mimosa, tília, laranjeira e loureiro).
Síria, é uma casta de vigor e rendimento médios. Os bagos são pequenos, de coloração verde-amarelada e amadurecimento algo tardio. Os aromas são de frutados (laranja,pêssego, e melão) e florais (tília, acácia, laranja e loureiro).
Malvásia-Fina, é composto por uma casta de vigor médio e com rendimento mediano. Os bagos são verde-amarelados e tendem a madurecer precocemente. A casta permite obter vinhos agradáveis, equilibrados, elegantes e frescos. Os aromas florais são excelentes de florais (flor de tília, de laranja e de acácia, loureiro, erva-cidreira e madressilva) e frutados (laranja, toranja, pêssego, maça e melão).
A Confraria irá apresentando a variedade de castas (variedade de uvas) que existe em Portugal e que permite uma melhor adaptação das videiras aos diversos climas do nosso pequeno Portugal.

sábado, 4 de julho de 2009

COMO PROVAR


A Confraria Tradicional do Vinho e do Arroz, registada oficialmente, tem como objectivo provar, beber e saborear o excelente vinho que dispomos neste pequeno país da Europa.

Quando eu era miúdo passava pela tasca onde os trabalhadores atestavam o depósito, quando regressavam do campo após um dia de esforço e se preparavam para que no próximo dia houvesse mais força para que a enxada pesada cavasse a terra dura. Hoje, esse vinho está engarrafado em vidro de boa qualidade e, com boas rolhas de cortiça, daí o excelente sabor.
Hoje, os copos a utilizar nos restaurantes para provar um vinho de boa qualidade devem ser de vidro fino e incolor, de pé alto pelo qual se deve segurar, e de corpo longo, com boca mais estreita para que os aromas possam ser devidamente apreciados.
A temperatura recomendada é, por princípio, a indicada no contra-rótulo da garrafa, se este for inexistente, deve manter-se entre os 16º e os 18º para o tinto e entre os 9ª e os 12º caso o vinho seja branco.
Os vinhos devem ser analisados visualmente, apreciando a sua cor, a sua limpidez, o seu brilho e a sua intensidade. Não deve ser engolido pois a fase olfactiva é fundamental para definir o vasto leque de aromas ou os defeitos que podem ser provenientes da rolha ou do mofo.
Um bom vinho, quando engolido, provoca-nos excelentes conjunto de sensações, devendo apreciar-se a sua persistência, os sabores, os aromas retronasais e o aroma no final de boca.

O vinho, como podem constactar, pode ser bem mais do que o líquido que acompanha uma refeição ou um petisco; pode ser, quando bem apreciado, um verdadeiro néctar propiciador de enormes prazeres.

terça-feira, 30 de junho de 2009

FUNDAÇÃO

Confraria Tradicional do Vinho e do Arroz, é uma associação que tem como fim promoção, organização e realização de actividades, sociais recreativas em torno do vinho e do arroz, degustação de vinhos, promover o consumo responsável do vinho, sensibilizar os produtores para a ética na produção do vinho através de práticas socialmente responsáveis e práticas de cultivo da vinha sustentáveis e que minimizem os impactos negativos no ambiente.